XVII Encontro Nacional de Ensino de Química (XVII ENEQ)

“A integração entre a pesquisa e a escola abrindo possibilidades para um ensino de química melhor”
Data de realização: 19 a 22 de agosto de 2014
Local: Centro de Artes e Convenções da UFOP (Rua Diogo de Vasconcelos, 328 - Pilar, 35400-000, Ouro Preto-Minas Gerais)



O Encontro Nacional de Ensino de Química (ENEQ) foi realizado pela primeira vez em 1982 na Faculdade de Educação da Unicamp, sob a coordenação das professoras Roseli Pacheco Schnetzler e Maria Eunice Ribeiro Marcondes. Desde então, este evento bianual da Divisão de Ensino da Sociedade Brasileira de Química tem estimulado a área de Pesquisa em Ensino de Química no Brasil e contribuído para a sua consolidação. Cabe ressaltar que a Revista Química Nova na Escola, que apresenta como objetivos subsidiar o trabalho, a formação e a atualização da comunidade do Ensino de Química brasileiro, foi proposta em julho de 1994, durante o VII ENEQ, na UFMG.
No ano de 2012, o XVI ENEQ organizado pelas IES Baianas UFBA, UFRB, ENEB, UEFS, UESC, UESB, sob a coordenação do professor José Luis de Paula Barros Silva, contou com a participação de quase 2 mil pessoas. Essa participação recorde em relação às outras edições reforça que o ENEQ constitui-se como o principal e mais tradicional evento da área de Ensino de Química no Brasil e demonstra o crescimento dessa área de pesquisa no Brasil.
O XVII ENEQ será realizado na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) entre os dias 19 e 22 de agosto de 2014, sob a coordenação do Departamento de Química, com o tema: “A integração entre pesquisa e escola abrindo possibilidades para um ensino de química melhor”.
A ideia desse tema surgiu a partir da palestra “Desafios para a Formação de Professores na Contemporaneidade” proferida pela vice-reitora da UFOP, Professora Doutora Célia Maria Fernandes Nunes, no Encontro anual do PIBID UFOP, realizado em 2013. A excelentíssima vice-reitora mostrou uma imagem feita pelo desenhista venezuelano Eneko, em que uma professora desenha com giz uma janela em uma lousa e, em seguida, esta é aberta mostrando uma linda paisagem (clique para acessar). Esse foi um momento marcante da palestra em que se discutiu o alcance e a responsabilidade que nós professores temos na vida de cada um de nossos alunos. Mais especificamente nós professores de química devemos cada vez mais assumir a importância dessa ciência, em diálogo constante com outras áreas do conhecimento, como potente recurso para o exercício da cidadania.

Nos últimos anos ocorreram mudanças significativas nas universidades brasileiras como consequência das políticas públicas. Destacamos, no caso da química, a criação de novos cursos de licenciatura por meio do REUNI, o Programa Institucional de bolsa de iniciação à docência (PIBID – CAPES) e os Mestrados Profissionais em Ensino de Ciências. Tais ações estão impactando na contratação de profissionais da área de Ensino de Química para as universidades, bem como, na criação ou consolidação dos cursos de licenciatura e de vários grupos de pesquisa emergentes nesta área. Em muitos casos, percebemos que os cursos de licenciatura não são mais concebidos como uma adaptação aos cursos de bacharelado ou baseados no tradicional modelo “3+1”. A presença cada vez maior da pesquisa em Ensino de Química nas universidades tem impactado em novos moldes para os cursos de licenciatura, que valorizam a relação entre teoria e prática, a pesquisa como princípio formador e a importância do estágio supervisionado e da prática de ensino para a formação docente. Os projetos PIBID-Química das mais diversas universidades públicas têm possibilitado a inserção dos estudantes da licenciatura nas escolas desde o início de seus cursos, e os levado a (re)pensar a prática docente a partir da vivência dos espaços da escola e da pesquisa. O retorno dos professores para a universidade, a importância de se trabalhar com pesquisas que estejam voltadas para os problemas dos professores da educação básica e a necessidade de se pensar nos mesmos à luz de referencias teóricos tem sido objetivos contemplados pelos mestrados profissionais. A partir desse cenário julgamos que a temática “A integração entre pesquisa e escola abrindo possibilidades para um ensino de química melhor” seja adequada para retratar o momento que estamos vivenciando. Assim, esperamos que o XVII ENEQ seja um proveitoso espaço para debatermos questões que procurem direcionar nosso olhar para a sala de aula, a prática do professor e as contribuições da pesquisa.
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