#EducaQui - Uma proposta para o ensino de Geometria Molecular: O uso de balas de goma em sala de aula
UMA PROPOSTA PARA O ENSINO DE GEOMETRIA MOLECULAR: O USO DE BALAS DE GOMA EM SALA DE AULA
Escrito por: Lorena Violin de Alcantara
A disciplina de química durante o ensino médio, muitas vezes, é
desestimulante e até ignorada por parte dos alunos. Dentre os motivos
responsáveis por esse desinteresse, está a dificuldade de aproximar ideias
abstratas da realidade. Um exemplo disso é o ensino de geometria molecular, que
faz necessário transformar a visualização do aluno sobre as moléculas que estão
representadas em seu material didático no plano, para a imaginação de um
arranjo tridimensional.
A observação do aluno sob um material concreto ou a utilização de tecnologias de animações 3D, possivelmente facilitaria o entendimento das estruturas e posições das moléculas (SILVA; SANTOS; SIMÕES, 2017). Utilizando instrumentos para auxiliar na compreensão dos estudantes, o professor estará, simultaneamente, instigando e contribuindo para uma maior participação e interesse do aluno durante as aulas. Nesse sentido concordamos com Fialho (2008), quando afirma que:
Sabemos que uma aula mais dinâmica e elaborada requer também mais trabalho por parte do professor; por outro lado, o retorno pode ser bastante significativo, de qualidade e gratificante quando o docente se dispõe a criar novas maneiras de ensinar, deixando de lado a “mesmice” das aulas rotineiras (FIALHO, 2008).
Para impulsionar o aprendizado do aluno, é interessante que o professor
esteja sempre disponível e estimulado a elaborar diferentes métodos de ensino.
Ou seja, é preciso que o professor se apodere de recursos para fins didáticos
possibilitando a assimilação do conteúdo com mais clareza.
A proposta abordada em sequência, trata do uso de balas de goma no
ensino de geometria molecular. É interessante pensar que esse material é de
baixo custo e fácil acesso. Juntamente com as balas, será necessário a
disposição de palitos de dente.
As balas de goma representarão os átomos de determinados elementos químicos presentes na molécula e os palitos de dente indicarão as ligações simples, duplas ou triplas. Foram determinadas cores para as jujubas, as quais, estão descritas na tabela a seguir:
ELEMENTO |
BALA DE GOMA |
Cloro (Cl) |
Vermelho |
Enxofre (S) / Hidrogênio
(H) |
Amarelo |
Fósforo (P) |
Roxo |
Flúor (F) |
Laranja |
Oxigênio (O) |
Verde
|
Para facilitar o entendimento de como o
material seria aplicado, estão dispostas imagens de estruturas representadas no
plano e a proposta de ensino utilizando os recursos apresentados para
estruturar as mesmas moléculas.
(a) (b)
Figura 1: HCl - estrutura plana (a) e representação com balas de goma (b) da geometria linear. Fonte: Autoria própria.
(a)
(b)
Figura 2: H2O - estrutura plana (a) e representação com balas de goma (b) da geometria angular. Fonte: Autoria própria.
(a)
(b)
Figura
3: SO3 - estrutura plana (a) e representação com balas de goma (b)
da geometria trigonal plana. Fonte: Autoria própria.
(a)
(b)
Figura 4: SOCl2 - estrutura plana (a) e representação com balas de goma (b) da geometria piramidal. Fonte: Autoria própria.
(a) (b)
Figura
5: POCl3 - estrutura plana (a) e representação com balas de goma (b)
da geometria tetraédrica. Fonte: Autoria própria.
(a)
(b)
Figura
6: PCl5 - estrutura plana (a) e representação com balas de goma (b)
da geometria bipirâmide trigonal. Fonte: Autoria própria.
(a)
(b)
Figura 7: SF6 - estrutura plana (a) e representação com balas de goma (b) da geometria octaédrica. Fonte: Autoria própria.
Como experiência própria numa aula expositiva sobre geometria molecular,
com massinhas coloridas no lugar das balas de goma, afirmo que essa
metodologia, dando abertura para os próprios alunos montaram a estrutura da
molécula, tem uma significância excepcional no aprendizado e compreensão do
estudante.
O uso das balas de goma na construção de um modelo molecular pode
diminuir a dificuldade em relação à imaginável e impalpável geometria
representada no plano, encontrada nos livros didáticos. Visto que, quando o
aluno constrói por si próprio com um instrumento palpável e representativo, a
compreensão das estruturas moleculares se torna mais perceptível e prazerosa,
uma vez que, o estudo de química também pode ser doce.
Referências Bibliográficas:
FIALHO, N. N. Os jogos pedagógicos como ferramentas de ensino. In: Congresso nacional de educação. Brasil: XIII EDUCERE, 2008. Disponível em: <https://educere.pucpr.br/p1/anais.html?q=Os+jogos+pedag%C3%B3gicos+como+ferramentas+de+ensino>. Acesso em: 26 de jul. 2021.
MARTINS, M. G.; FREITAS, G. F.; VASCONCELOS, P. H. A dificuldade dos alunos na visualização de moléculas em três dimensões no ensino de geometria molecular. Conexões - Ciência e tecnologia, v. 14, n. 3, 2020. DOI: https://doi.org/10.21439/conexoes.v14i3.1400. Disponível em: <http://conexoes.ifce.edu.br/index.php/conexoes/article/view/1400>. Acesso em: 23 de jul. 2021.
SILVA,
B. M; SANTOS, M. A; SIMÕES, A. S. Construção de um modelo molecular para o
ensino de geometria molecular utilizando jujubas. In: Congresso Nacional de
Educação. Campina Grande:
Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/36257>.
Acesso em: 26 de jul. 2021.
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